quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

|novo ano|



as pessoas futucam o nariz quando dirigem.

muito feliz com as novas e incríveis pessoas na minha vida (entre outros, destaque para Chico e Ivana).

ainda tenho muito a melhorar no convívio com a minha mãe...

todos os dedos cruzados para o negão vir morar aqui comigo!!!

será que acho disciplina pra comprar em algum mercado?

"peloamordomeufilhinho" preciso mexer este corpinho!

continuo amando caipirinha, mas estou entrando na fase margarita.

venero música, mas descobri que amo o silêncio (meu ouvido de tuberculoso agradece).

mais um ano de potEs e isso me deixa muito feliz!

continuo não gostando de letras maiúsculas nos meus textos.

não sei se o aquecimento global é uma verdade, mas eu não tô dando conta desse calor, minha pele fica toda empolada (coisa de gente fresca, mas fazer o que?).

pode até sem brega (eu não sei) mas descobri que gosto mesmo de esmalte rosa (além do vermelho e do preto).

não me lembro da primeira metade do ano e não faço questão.

não gosto de poses ortodoxas para fotos ainda mais ortodoxas (e conseqüentemente medíocres).

sou egoísta e não acho isso bonito.

é mesmo possível comer rabanadas e pistache moderadamente?

quero uma casa minha pra colocar nela quantos animais eu puder ou quiser.

sou carente e acho um saco!

2008 dá uma soma de 10 que é igual a 1, não sou numeróloga nem nada, mas acho que 1 não deve ser um número lá muito vantajoso.

dormir é sagrado (esse mantra é prá vida toda)! – e pelo jeito papai noel sabe, já que ganhei 2 pijamas!

quero deixar registrado que acho absurdo padarias e farmácias não funcionarem no dia 25 de dezembro – não, eu não sou facista.

detesto ser efusiva.

adoro o cheiro de manjericão que entra pela minha janela.

quero continuar aprendendo e aprendendo e apreendendo...

preciso, em regime de urgência, descobrir aonde foi que perdi meu amor-próprio e espero sinceramente que ele não tenha ido parar no beléléu*.

recebi tantos presentes este ano e eu nem sei se merecia... Kálí, mestrado, amigos, professores fódas, meu antigo carro recuperado, meu carro “novo” (novo prá mim), aprendizados, Mauricio (que é meu presente de natal pelo terceiro ano consecutivo e por aí vai...

pro ano que vem vindo, que venham também gargalhadas de doer a barriga, artigos publicados, dias perfumados, seminários, surpresas boas, reconhecimento, cambalhotas, produção incessante, amizades novas e antigas, beijo na boca, professores exigentes e plagiando Carlos Drummond "um ano de muitas virtudes e alguns pecados suaves e bem aproveitados

e (entre outras coisas) tenho dito!
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• beléléu é o lugar para onde vão todas as sombrinhas que se perdem de nossas mãos e bolsas em dias de chuvas esparsas.

ps.: eu continuo sempre achando que está faltando dizer algo.

domingo, 16 de dezembro de 2007

|amo muito tudo isso|



"Os bordéis e as colônias são dois tipos extremos de heterotopias. Mas, atenção. Um navio é um pedaço flutuante de espaço, um lugar sem lugar, que existe por si só, que é fechado sobre si mesmo e que ao mesmo tempo é dado à infinitude do mar. E, de porto em porto, de bordo a bordo, de bordel a bordel, um navio vai tão longe como uma colônia em busca dos mais preciosos tesouros que se escondem nos jardins. Perceberemos também que o navio tem sido, na nossa civilização, desde o século dezesseis até os nossos dias, o maior instrumento de desenvolvimento econômico (ao qual não me referi aqui), e simultaneamente o grande escape da imaginação. O navio é a heterotopia por excelência. Em civilizações sem barcos, esgotam-se os sonhos, e a aventura é substituída pela espionagem, os piratas pelas polícias."

Conferência proferida por Michel Foucault no Cercle d'Études Architecturales, em 14 de Março de 1967.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

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às vezes é somente uma questão de Prozac!
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sábado, 8 de dezembro de 2007

Eu não quero ver
Você cuspindo ódio
Eu não quero ver
Você fumando ópio
Prá sarar a dor
Eu não quero ver
Você chorar veneno
Não quero beber
O teu café pequeno
Eu não quero isso
Seja lá o que isso for...

Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo
Acenando tchau...

Não quero medir
A altura do tombo
Nem passar agosto
Esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro
Este hoje, escuro
O maior desejo da boca
É o beijo
Eu não quero ter o tédio
Me escorrendo das mãos...

Quero a Guanabara
Quero o rio Nilo
Quero tudo ter
Estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo
Água e sal...

Nada tenho
Vez em quando tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Quero viver, quero ouvir
Quero ver...

[zeca baleiro - Ópio]

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

Mário de Sá-Carneiro(Lisboa, fevereiro de 1914)