segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

special ilusion

E num dia em que mesmo com coragem de ir à praia sozinha (obviamente bem acompanhada de um livro) o tempo fecha e você tem vontade de gritar, algumas perguntas sobram na cabeça em contrapartida às opções do que fazer:

O que é? como funciona? até que ponto vai?

qual importância deve ocupar na minha vida...

a velha conhecida e não tão bem quista solidão?

A linha tênue que tece o limite entre companheirismo e invasão à vida alheia...

A linha tênue que tece o limite entre solidão e espaço para si mesmo e para o outro...

o gosto doce azedo do descobrir estar sozinha e odiar gostar disso e gostar de odiar isso.

A nuvem carregada de chuva continua se espalhando sobre o céu, agora com barulhos de que ela vai vir forte, como tem acontecido nos finais de tarde dos últimos dias...

Eu olho para fora da janela e gostaria que uma leve brisa fresca acariciasse meu rosto e meus cabelos...

A brisa vem mais fraca do que eu esperava e eu concluo que querer não é poder e desejar é só mais uma maneira de frustrar o que poderia ser doce, um dia.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

era já um dia

Um dia eu ia ter uma casinha

Um dia eu ia acreditar completamente no amor

Um dia eu ia não me apavorar

Um dia eu ia ter um gato na área, uma máscara tailandesa na parede, xícaras e toalhas

Um dia eu ia não mais ter certeza de que as pessoas vão embora

E um dia eu ia saber que elas não vão embora por culpa minha

Mas elas vão embora

Tudo vai embora

Um dia não vai chegar

E a culpa também é minha.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

novamente

Lá vai ela com a nova agenda de sete dias em duas páginas

Lá vai ela porque passou a virada do ano de vestido confortável

Vai buscar o que é dela, mesmo não sabendo o que é e querendo muito o que não sabe ser

E ainda lha falta aprender o silêncio...