quarta-feira, 31 de agosto de 2005

fly another day

Então eu me sinto a mosca do cocô do cavalo do bandido. Ou seja, ainda me resta a esperança de voar para as padarias vizinhas atrás de quindins e sonhos, principalmente sonhos. Um vento a favor ajudaria, mas uma mosca não prima pela inteligência, então usa o vento contra si e cai numa poça de suco de cajú misturada com lama. E agora? Quem poderá me defender?

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

just try it on

Frio, sono e fome de doces.

Essas andam sendo as minhas mais comuns e insistentes necessidades físicas.

Mais até do que minhas vontades de praticar loucamente e de cuidar das celulites, pq isso já está bem misturado com bem estar psicológico.

Sabe, eu não tenho nada pra dizer. Ou tenho tanta coisa que me causa pesar escolher apenas uma delas pra desenvolver aqui e não sei se é exatamente isso que eu vou fazer, só vou falar e falar, assim despretenciosamente, do jeito que o Felipe aconselhou. (à propósito, visitem o Felipe, garanto que ele escreve sobre nada muito melhor do que eu).

Hoje eu sou muito melhor do que eu era, não fisicamente por favor.

E eu tenho completa noção do quanto essa frase é peigas e medíocre e lugar comum e blablablá, mas eu não ligo. Talvez a algum tempo atrás eu ligasse e jamais publicasse ela em meu blog pessoal, mas hoje eu não ligo e isso me prova exatamente o que eu disse no começo da frase: Hoje eu sou muito melhor do que eu era, não fisicamente por favor.

Mas mesmo sendo assim melhor, mais legal, mais compreensiva, mais desencanada e mais uma pancada de palavras que também são pra lá de calejadas, eu continuo sem saber como fazer.

Continuo sem saber como ligar pra aquela amiga de infância que noivou e nunca mais me ligou, mas ela nunca ligava mesmo, era minha essa tarefa, só que eu sumi. Continuo sem saber como não me sentir culpada por não estar trabalhando mais, ganhando mais, me esforçando mais. Continuo sem saber como lidar com o silêncio e com a tristesa dos outros. Sem saber olhar no espelho e acreditar que não sou tão ruim quanto acredito ser. Continuo sem saber o que fazer quando quero colocar um sorriso no rosto de quem mais amo.

Bem, abre-se em frente à tela um leque de possibilidades para desfiar o resto desse não-assunto. Mas eu não vou me arriscar, por hoje está bom, afinal eu já dormi bastante sob um cobertor quentinho e já comi uma colher lotada de brigadeiro. Amanhã eu tento denovo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Eu não idolatro nem os gurus mais iluminados e sábios,
depois de tantas pancadas na cabeça eu sequer saberia.
Não, não tenha medo, é só um vendaval de quase solstício de primavera, ele passa, eu não.
Eu apenas sei dar valor ao que tenho.
Eu tenho medo de expor isso, mas hoje eu tive vontade de dizer o quanto é singular ter te encontrado exatamente quando estava pronta pra que acontecesse.
Eu não acho que posso apenas aprender com você, eu sei que é troca e eu tenho sempre algo a acrescentar, mesmo que eventualmente não ache relevante.
E às vezes eu confio tanto! E outras vezes tenho tantos pés atrás...
Foi com você que descobri que perfeito é o que tem os defeitos nos lugares certos.
e é assim que sinto: nosso ritmo, nossa dança, nossas estações, nossos planos, nós dois juntos!